sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Dia do Solteiro

Estava passeando pelo Uol quando de repente vi uma notícia a respeito de que hoje, 15.08, é comemorado o Dia do Solteiro.

É estranho. Mas de pode ter dia da mãe, do pai, da vó, de tudo quanto é santo, por que não dos solteiros?

Afinal de contas, como diriam as meninas do 02 Neurônio, que tem coluna no caderno Folhateen do jornal Folha de São Paulo (publicas às segundas-feiras) e blog no Uol, passaremos boa parte de nossa vida solteiro. Elas consideram que ser solteiro também tem seus motivos para ser feliz, mas que uma data para isso seria meio cafona. Será que é mesmo?

Existem pessoas que não gostam de ser solteiras. Outras são casadas e prefeririam voltar ao que eram antes. É a velha história do "a grama do vizinho é sempre mais verde". Será que não se pode ser feliz de qualquer forma? Será que não é um conjunto de fatores que traz felicidade à nossa vida? Será que condicioná-la a isso ou aquilo isoladamente não é restringir demais?

Acho também interessante verificar que, atualmente, muitas pessoas dizem que estão "solteiras" quando não estão namorando, nem ficando, nem casadas, nem qualquer coisa que o valha. Isso é um desvirtuamento do "ser solteiro". Porque solteirice é estado civil. É solteiro (a) quem não é casado. O fato de namorar, por exemplo, não transforma o solteiro em outra coisa. Continua sendo solteiro, só que namorando. Ainda não inventaram um estado civil "intermediário". Todos os outros nomes que dão (como o velho "amancebado") são criações populares, mas que não chegaram ao posto de "estado civil".

Considerando o "ser solteiro" no sentido próprio ou no que lhe aplicam usualmente, existem, sim, vantagens e desvantagens nas duas hipóteses. Resta saber o que queremos, o que estamos dispostos a fazer, o que enxergamos realmente, o que sentimos, o quanto somos verdadeiros com nós mesmos... Tá cheio de gente por aí se enganando: "não quero, não quero, não quero" mas, no fundo, quer sim. Só que é mais cômodo prender-se a dogmas. Aí, quando perceber, será tarde demais... Ou outros que se se mantêm em uma posição insustentável mas que não abrem mão dela por puro medo do desconhecido. Já li em algum lugar que enquanto a pessoa não chega no limite ela "vai levando". Mas e se a percepção de limite falhar? E se ele há muito já tiver sido ultrapassado? É mais complicado resolver as coisas quando estamos prá lá de saturados, queremos de qualquer forma mudar, ficamos ansiosos e metemos os pés pelas mãos. Agir antes é mais saudável. Mas somos humanos e nem sempre conseguimos apreender as coisas direito. Racionalizamos o que deve ser sentido, sentimos o que deve ser pensado...

Quem sabe um dia encontremos o equilíbrio... E quem sabe um dia aprendamos a dizer sim quando deve ser sim e não quando é prá ser não.

Apesar de que há aquelas pessoas que passarão a vida inteira sem absorver nada... Uma pena. Deixam a oportunidade passar.

Nenhum comentário: