quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mais das Olimpíadas

E a seleção feminina de futebol do Brasil não conseguiu ganhar o ouro.

Que é meio frustrante, é. Sem sombra de dúvida.

Mas pelas condições em que elas jogam, sem qualquer estrutura, sem apoio da CBF (que só pense em money, money, money e aparecer, aparecer, aparecer), chegaram longe. E por seus próprios méritos. Lutaram. Não venceram. Mas foram valentes.

Ao contrário dos homens, que ficam no "não sei o que aconteceu". Nós sabemos. Falta de empenho. Ausência de vontade. Desleixo.

As meninas do vôlei estão em uma final olímpica. Pela primeira. Derrotaram a anfitriã e atual campea, a seleção da China.

Espero, de coração, que elas tragam o ouro. Porque essa chegada à final é resultado de superação dos obstáculos. Os adversários mas, principalmente, o emocional.

Robert Scheidt foi prata na vela. No primeiro ano em que competiu pela nova classa (a Star).

Há até algumas regatas, estava em 11º. Mas foi em frente, melhorou, subiu ao pódio. Se não é o lugar mais alto, é algo que merece comemoração. Porque ele trabalhou para isso, não acomodou nos "louros da fama". Isso é um perigo. E é algo que muitos outros devem aprender. Será que conseguirão?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cultura Artística

É de partir o coração.

O Teatro Cultura Artística, localizado no centro de São Paulo, sofre um incêndio que destruiu a sala principal (Esther Mesquita).

O teto desabou sobre a platéia, um mosaico de Di Cavalcanti foi atingido e só se saberá se existe possibilidade de reforma depois da análise se não houve comprometimento das estruturas.

De qualquer forma, pelo que li, se quiserem um outro teatro terão que demolir o que restou deste, porque não há o que salvar.

É uma pena, o teatro era patrimônio cultural de São Paulo, grandes peças foram encenadas ali.

Eu mesma lembro de ter visto, ao menos, três.

O Mistério de Irma Vap, uma ótima comédia com Ney Latorraca e Marco Nanini, que trocavam de roupa não sei quantas vezes na peça; Rei Lear, com Paulo Autran, ambas na década de 90, e este ano fui ver Aída no primeiro semestre, com minha amiga Mari (que não é a jogadora de vôlei) e a mãe dela.

Ainda bem que o incêndio não ocorreu durante alguma apresentação, porque aí o estrago teria sido também humano...

Marco Nanini mesmo iria retornar às apresentações da peça Bem-Amado, que agora será transferida para outro teatro.

Dois pianos Steinways foram queimados, outro pecado...

Espero que realmente alguma coisa possa ser feita, porque quem perde é a população de São Paulo.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura (maravilhosa!) e membro da Sociedade de Cultura Artística, que cuida do museu, estava desolado. Os artistas e nós, amantes do teatro, também.

Agora é era dos "mecenas" aparecerem.

Para quem não sabe o que é mecenas: aquelas pessoas que patrocinam a arte.

O termo é muito mais utilizado quando se trata do Renascimento. Os pintores, escultores e demais artistas recebiam apoio de pessoas ricas para poderem se dedicar à arte.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Hahahahahahahahahahahah

Podem me chamar de antipatriota.

Mas ver a Argentina dar um sacode no Brasil foi ótimo.

Fico inconformada com esse ufanismo sem motivo.

Gosto de futebol. Gosto muuuuuuuuuuuuuuuuuito de futebol. Leio sobre o assunto. Torço feito louca pelo meu Corinthians. Vou a estádio, acompanho.

Mas essa seleção brasileira há muito tempo deixou de nos dar alegrias.

E nem é tanto pelo resultado. Mas pela postura de alguns jogadores.

Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, cantado em verso e prosa, digam-me o que ele EFETIVAMENTE, fez pela seleção brasileira. NADINHA DE NADA.

O cara, prá mim, é um tremendo covarde. Na hora do "vamos-ver" não mostra a que veio.

Isso é pura garganta. E algo que detesto são pessoas que só sabem fazer falar. Mas fazer fazer que é bom, necas.

E nem vou falar, aqui, dos problemas que o Brasil tem e que muitos se escondem nos resultados do futebol quando eles são bons. Isso deixo prá amanhã.

Mas as meninas do futebol, por exemplo. Acho que o elenco feminino do Brasil inteiro não ganha o que um Ronaldinho Gaúcho consegue. E elas estão na final.

Parece que chegamos em um tempo em que as pessoas não sabem conciliar talento e humildade.

Que a única coisa a que dão valor é o dinheiro. E que, quando se tem dinheiro, nada mais importa.

Será que só dá prá jogar de verdade quando a situação é adversa?

Será que não conseguimos conciliar o reconhecimento financeiro com bom futebol?

Espero que isso não aconteça com as mulheres quando o futebol feminino estiver em melhor situação.

Porque, hoje, as coisas são muito restritas. Quantas não precisam trabalhar em outras frentes, além de jogar, porque senão passam fome?

Não existe campeonato efetuado pela CBF, que só se preocupa com o coisas grandes quando para se chegar a elas é preciso passar antes pelas pequenas. Querem ir direto. Pior viagem.

Quanto maior a subida, maior a queda. E parece que algumas pessoas não se dão conta disso...