segunda-feira, 7 de julho de 2008

Pantanal

Existem coisas que não consigo entender. Ou melhor, até consigo, mas os argumentos das pessoas são tão frágeis que achamos mesmo que estão agindo só para se promover.

Essa história da reprise de Pantanal, por exemplo.

É claro que Silvio Santos está querendo recuperar parte da audiência perdida, o que é compreensível, afinal, ele está podre de rico mas não quer perder riqueza. E nem deixar de aparecer na mídia.

Só que aí aparece um monte de gente, inclusive atores da novela, dizendo que ele não poderia fazer isso, que é contra os direitos autorais, etc e tal. E Benedito Ruy Barbosa, que foi ao STF para tentar reverter a reprise.

Tudo isso me soa muito ridículo. Foi Benedito que escreveu a novela, mas a partir do momento que escreveu para uma Rede de TV, os direitos são dela. Tanto assim que faziam parte da massa falida da extinta TV Manchete. Uma empresa comprou, Silvio Santos adquiriu e agora está passando. Prá mim não há problema, a não ser que deve pagar os direitos autorais a quem colaborou com ela. Mas proibir de passar, para mim, não pode. É mais do que um desrespeito com o telespectador, que, se isso acontecer, será impedido de rever uma obra maravilhosa. Espero que isso não ocorra.

Duvido muito que a Rede Globo considere que "Renascer", por exemplo, seja do Benedito. Não é, é dela. Não dá prá separar os "direitos de quem escreveu" dos "direitos de quem exibiu", porque o autor precisou do meio para contar sua história. Todo o imbróglio começou mesmo porque Benedito vendeu os "direitos da sinopse" para a Rede Globo (o que me parece beeeeeeeeeeeeeeeeem estranho), que com toda sua "pompa e circunstância" não conseguiria fazer uma obra daquele naipe, são muito cheios de frescurites. E agora ela não tem mais interesse.

Mas o pior é ouvir atores da novela, que atualmente quase não aparecem, reclamarem. Ora, estão na crista da onda e reclamam? E não estão aparecendo por motivos escusos, mas sim porque participaram de uma obra inovadora e belíssima. Não vejo nenhuma imoralidade. Ao contrário, o que enxergo é uma luta entre quem não quer reconhecer um equívoco NUNCA.

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